Nº 58 - Ano V - Outubro de 2000

Com a chegada de primavera-verão, os ânimos se agitam para a realização de mais eventos dançantes, uma quebra de rotina, um novo "frisson" - tudo é pretexto para festa! ... E de boas surpresas também!

Em meio a isso tudo, o Boletim Rio Tango completa cinco anos de publicação ininterrupta, ao mesmo tempo em que o Movimento Tango en Rio segue congregando cada vez mais amantes da música e da dança portenhas.

Viva o Tango, viva a música e a arte!

 (RM/ADR)

 

 

Cantemos...

(Tango)

Letra: Juan Andrés Caruso                                                                                 Música: Roberto Firpo

Peregrino y soñador, cantar... quiero mi fantasia

y la loca poesia que hay en mi corazón.

Lleno de amor y de alegria volcaré mi canción.

Siempre senti la dulce ilusión

de estar viviendo mi pasión.

 

Si es que no vivo lo que sueño,

yo sueño todo lo que canto,

por eso mi encanto es el amor.

Mi pobre alma de bohemio quiere acariciar

y como una flor perfumar.

 

 

 

 

Assim se tece a história

        Seu nome de nascimento é Alejandro Alé.  Podestá era seu sobrenome por parte de mãe.  Quando começou a cantar com Miguel Caló, em busca de um nome artístico, ganhou o primeiro: Juan Carlos Morel.  Depois, deu a Di Sarli seu nome verdadeiro: Alejandro Alé Podestá e o maestro resolveu seu problema, "batizando-o" artisticamente Alberto Podestá.

        Desde pequeno assistia Carlos Gardel nos filmes e então cantava suas músicas sem pensar que ganharia a vida como cantor.  Mais tarde, cantaria nos bailes de uma confeitaria de San Juan, chamada Atlántico, e no rádio, acompanhado de guitarras, até que Hugo del Carril o ouviu e incentivou-o a ir a Buenos Aires.

        Seu início de carreira com Miguel Caló foi muito enriquecedor.  Já com Di Sarli, começou a ficar conhecido por suas inúmeras gravações.  O tango "Alma de bohemio", escrito quatorze anos depois de composta a música, era até então mais conhecido na voz de Roberto Rufino com a orquestra de Di Sarli.  A interpretação desse tango por Podestá teve êxito também junto às orquestras de Pedro Laurenz e Francini-Pontier.  Sua forte identificação com esse tango deu-se porque começou a cantá-lo numa época em que todas as músicas eram para dançar e ninguém costumava cantar esse tipo de tema.  O resultado disso é que as pessoas gostaram e a partir daí, Podestá imprimiu sua personalidade.                                                                                                               

(Pesq. ADR - trad. RM)

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