Nº 71 - Ano VI - Novembro de 2001
Boas
recordações temos das pessoas que se foram, das milongas que acabaram,
mas principalmente, daquelas que estão aí, resistentes ao tempo e às
agruras da economia. Importante
salientar que a raiz está firme, plantada no coração dos amantes do
Tango, aqueles que fazem um baile crescer, girar naquela onda boa que só
vemos nas milongas argentinas. Milongueiros
de diversos países encantam-se e até se surpreendem com o movimento
tangueiro existente na Cidade Maravilhosa, perfeitamente encaixado como
uma peça num quebra-cabeças de difícil resolução - o calendário de
eventos carioca, com os teatros, cinemas, restaurantes, etc. Onde mais, neste País, tem-se uma escolha tão diversificada de locais para dançar Tango como aqui? E que assim continue vivo e vibrante este movimento que é feito das pessoas que, também, neste momento, lêem estas linhas.
(RM)
|
(vals – 1929)
Letra:
Francisco García Jiménez
Música: Anselmo Alfredo Aieta
Su ausencia esta congoja me
dió,
y a veces su recuerdo es un
bien
que pronto se me ahoga en
dolor,
y nada me consuela de ir
siempre mas lejos, de verme sin ella...
¡Mi paso va adelante y atrás
el corazón...!
El rumbo que me aleja, tan
cruel, me roba sus caricias de amor
y solo el pensamiento la
ve, la escucha embelesao,
la besa con ansias, la
siente a mi lado...
¡Y voy así, soñando, mas
lejos cada vez...!
Blanca
palomita, que pasas volando rumbo a la casita donde esta mi amor...
Palomita blanca, para el
triste ausente sos como una carta de recordación...
Si la ves a la que adoro
sin decir que lloro dale alguna idea
de lo muy amargo que es
vivir sin ella, que es perder su amante calor...
Sigan adelante, pingos de
mi tropa, que de un viento errante somos nubarrón
y en un mal de ausencia se
nos va la vida rumbo a la querencia, dándole el adiós...
Palomita blanca, vuela
noche y día
de mi nido en busca y
escribí en el cielo con sereno vuelo
No te olvida nunca, solo
piensa en vos...
No
sabe aquel que nunca dejó su amada a la distancia,el pesar
que al alma impone un duro
rigor que viene de ladero,
que a
ratos la nombra midiendo el sendero...
Assim se tece a história |
Jornalista, comediógrafo, roteirista de filmes e autor de vários
volumes sobre tango. Nasceu em 22
de setembro de 1899 em Buenos Aires, no bairro de Montserrat.
Em 1914 começa uma etapa que alterou sua vida, já que, com o
falecimento de seu pai, passou a ser arrimo da família.
Começou a trabalhar na oficina de reparos das estradas de ferro, e isso,
além de marcar sua vida acadêmica, traria uma conseqüência muito importante
para seu futuro. Nessa oficina,
travou amizade com Rafael Tuegols, que o iniciaria no mundo do tango.
Aos 17 anos realizou seu primeiro trabalho teatral com La décima musa, estrada por uma companhia espanhola no teatro Variedades. Outras criações suas para o teatro foram: La senda perdida, El abismo, Escalera real, El muerto que yo vendí goza de buena salud, El más feliz de los maridos e algumas outras mais. Sua primeira letra de tango foi Zorro gris com música de Rafael Tuegols. Outras que contaram com sua música foram Paraíso artificial, Lo que fuiste e La gatita. De sua generosa lsita de tangos apenas mencionaremos alguns: El huérfano (primeiro sucesso com Anselmo Aieta), Despedida, La mentirosa, Lunes, La enmascarada, Pálida noche, Palabras de amor, A la criolla, La charlatana, La última cita, Barrio pobre, Bajo Belgrano, Tus besos fueran míos, Donde estás corazón, , Farolito de papel, Quejas, etc. Sua carreira incluiu diversos campos no âmbito das comunicações. Tinha o dom de converter em ouro tudo o que tocava. Quanto à sua índole, era conhecido por sua humildade e integridade. Qualquer assunto que se abordava, encarava com espantosa desenvoltura. Faleceu a 5 de março de 1983. Nossos maiores respeitos à memória deste homem, que deixou marcas profundas no Tango. (Fonte: : Diccionario
del Tango e site Todo Tango)
- Trad. RM) |