No 145 - Ano XI - Fevereiro de 2008


Preludio - por Roberto Volta (ARG)

Acuarela milonguera

... un tropel de voces y risas se adueña del salón y entretiene o alarga el tiempo de la espera.

Languidecen los murmullos y entre los pliegues de un silencio casi artificial, que se va abriendo paso a través del rumor moribundo, asoman, tentadores, los com-pases de un  tango.

Aquarela milongueira

… um tropel de vozes e risos toma conta do salão e detém ou alonga o tempo da espera.

Abrandam-se os sussurros e entre as dobras de um silêncio quase artificial, que vai abrindo caminho através do rumor agonizante, surgem, tentadores, os compassos de um tango.


Atilio Veron (Bs.As.)

(Trad. RM)

 

Cantemos

 

 

(Tango)

Letra:  Homero Expósito                                                                     Música:  Atilio Stampone 

(Canta Roberto Goyeneche com  a orquestra de Stampone)

Cruel en el cartel, la propaganda manda cruel en el cartel,

y en el fetiche de un afiche de papel se vende la ilusión, se rifa el corazón...

Y apareces tú vendiendo el último jirón de juventud, cargándome otra vez la cruz.

¡Cruel en el cartel, te ríes, corazón! ¡Dan ganas de balearse en un rincón!

 

Ya da la noche a la cancel su piel de ojera...

Ya moja el aire su pincel y hace con él la primavera...

¿Pero qué?  si están tus cosas pero tú no estás,

porque eres algo para todos, como un desnudo de vidriera...

¡Luché a tu lado, para ti, por Dios, y te perdí!

 

Yo te di un hogar... ¡Siempre fui pobre, pero yo te di un hogar!

Se me gastaron las sonrisas de luchar, luchando para ti, sangrando para ti...

Luego la verdad, que es restregarse con arena el paladar y ahogarse sin poder gritar.

Yo te di un hogar... -¡fue culpa del amor!- ¡Dan ganas de balearse en un rincón!

 

Assim se tece a história

 

Pianista, arranjador, maestro e compositor, nascido em 1o de julho de 1926.   Une à sua técnica interpretativa a sensibilidade daqueles escolhidos para elaborar uma música superior.  Com ele é possível relembrar climas propostos pelos maiores criadores do tanto que o antecederam, às vezes Di Sarli, outras De Caro e Fresedo.

Como pianista e arranjador, teve a influência de seus contemporâneos Horacio Salgán e, principalmente, de Astor Piazzolla, com quem atuou como pianista em sua orquestra de 1946.  Começou estudando piano em San Cristóbal, seu bairro.  Mais tarde levam-no ao que seria seu professor, também de Salgán, Prof. Pedro Rubione.  Seu irmão mais velho, Giuseppe, tocava bandoneón e tinha um conjunto com o qual mantinha sua família.  Ali Atilio teve seu primeiro contato com o público.

Mais tarde, ainda um adolescente, passa à orquestra de Roberto Dimas que atuava no café Marzotto da Av. Corrientes.  Logo passa a integrar a orquestra de Roberto Rufino, dirigida por Alberto Cámara.  Tinha apenas 19 anos e já tinha ares profissionais.

Neste início, em 1946, conhece Astor Piazzola, que então armava sua orquestra, e passa a integrá-la até a sua dissolução em 1948.  Continua seus estudos de música clássica, aperfeiçoamento em harmonia e composição.  Participou da orquestra de Mariano Mores em duas comédias musicais e, em 1949, passa ao conjunto de J.C.Cobián.

Em 1964 inaugura sua casa noturna "Caño 14", um mito na história do tango.  Nesses anos tão difíceis para o tango, "Caño 14!" significou um lugar especial para os amantes do gênero.  Em inícios de 1970, edita seu disco entitulado "Concepto".  É, sem dúvida, a melhor obra do artista. 

Em sua obra de compositor destacam-se:  Afiches, Con pan y cebolla, De Homero a Homero, Desencanto (todos com letras de Homero Expósito), Aguatero, Cadícamo (letra de Enrique Bugatti), Ciudadano, Concertango, El niño, El tapir, Fiesta de mi ciudad (milonga, letra de Andrés Lizarraga), Fiesta y milonga (milonga, com letra de Eladia Blázquez), Impar, Mi amigo Cholo (letra de Albino Gómez), Mocosa (letra de Andrés Lizarraga), Para violín y piano, Romance de tango e Un guapo del novecientos.

Fonte:  R.G.Blaya, para Todo Tango – Trad. RM 

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