No 134 - Ano XI - Março de 2007
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Ouvindo o Tango de Contursi e Troilo "Toda Mi Vida" - um dos meus preferidos - lembrei-me de uma gravação na qual perguntam ao maestro Pichuco por que deixou o bairro, sendo que ele responde que nunca foi embora, já que sempre estava voltando... Voltando onde o Tango é a ferramenta mais idônea para percorrer seus subúrbios e o centro da grande Buenos Aires. Às vezes, vamos a uma milonga, um show, uma aula e, no percurso desta viagem, potencializa-se um vínculo íntimo com a cultura. Para alguns, existe uma identificação tácita expressada a partir de dicas nem sempre explícitas, num emaranhado de códigos infinitos. De uma ou de outra forma, visitamos Santa Teresa e lembramos San Telmo ou então a Gávea e lembramos Palermo, que vivem projetando luzes sobre os sentidos ocultos da 'cidade maravilhosa' ou da 'Reina del Plata'. ADR |
Cantemos |
Música: Adolfo Avilés Letra: Enrique Maroni |
(Tango – 1925)
Cicatrices
incurables de una herida
La quería imensamente pero ella fue perjura
un
recuerdo que es muy tuyo y que llevo por mi mal.
(canta: Héctor Mauré) |
Assim se tece a história |
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Nasceu em Bragado, província de Buenos Aires, em 17 de março de 1887. Apesar de ser homem de teatro, chegou à popularidade graças ao tango e ao rádio. Em 1912 estréia em sua cidade natal sua primeira obra "Los bohemios de Bragado", dirigida por Cesar Ratti. Em 1914 mudou-se para Buenos Aires. Em 1917, no teatro "Buenos Aires", foi apresentado seu primeiro musical, "Mala Cría", composto com Rogelio Giudice. Houve muitos mais, mas não tiveram maior reconheci-mento. A obra de Maroni compreende uma centena de composições, nem todas de sucesso, mas de igual valor. Gardel gravou uma boa quantidade de composições suas, mais precisamente quatorze. Algumas delas são: "Callecita de mi barrio" (música de A. Laporte, O. Gasparini), "Cicatrices" (A. Avilés), "La Salteñita" (F. Scolatti Almeyda), "Compañero" (Filiperto), "Chola" (A. Polito), entre outras. Em 29 de novembro de 1927, Ignacio Varsoni gravou o tango "Hipólito Irigoyen", com música de Maroni. Em 9 de dezembro, este mesmo tango é gravado pela orquestra de Francisco Canaro. Maroni destacou-se em seu trabalho como radiofonista, e foi um dos primeiros a ler as notícias dos jornais ao microfone, cosa que fazia com boa voz e entonação. Em 1937, foi nomeado locutor número um, apesar de ter sido muito mais do que isso. Maroni escreveu três pequenos livros de versos: "La humilde cosecha" (1929), "Arreando sueños" (1932) e "Camino de violetas" (1932), volume no qual se encontram "Apología del Tango" e outros. Maroni faleceu na cidade de Buenos Aires em 30 de dezembro de 1957. Fonte: El Portal del Tango (Internet) – trad. RM |