v="Page-Enter" content="revealTrans(Duration=1.0,Transition=12)">

No 150 - Ano XII - Julho de 2008


Eugenia Parrilla y Ezequiel Farfaro (ARG)

 

 

A Buenos Aires, em minha primeira viagem - janeiro de 1999:.

 

"Volto

e te envolvo

e a cada passo

te sinto bem minha:

teu céu estrelado,

teus campos tão verdes,

teu povo cantante,

teu tango delirante,

teu ar elegante

me inflamam o peito.

Teus lindos jardins

colorem minha vida.

Não nego, te amo,

minha terra querida!"

 

Regina Lucia M. Dias

(poetisa)

 

Cantemos

(Tango)

Música:   Raúl Garello                                                                                                           Letra:  Héctor Negro

Canta: Eduardo Espinoza, com a orquestra de Raúl Garello

 

Tiempo de tranvías tropezando el empedrado.

Patios que se abren a la luna y al parral.

Mágicos zaguanes con temblor de besos largos.

Penas de ginebra que tanguean en el bar.

 

Vuelven esos ecos de las mesas de escolaso.

Noches con la barra en la esquina fraternal.

Sábado y milonga que promete el club del barrio

y el domingo, lleno de ese fútbol sin igual.

 

Tiempo de tranvías, que allá se desbarrancaron.

De los carnavales que fueron de otra ciudad.

Te vieron mis ojos pibes encendidos y asombrados.

Te canta mi tango nuevo, con ganas de recordar.

 

Fueye de Pichuco cuando el gordo era muchacho.

El violín de Gobbi y la orquesta de Caló.

Barras milongueras de Pugliese en cada barrio.

Tangos del 40 que canté con otra voz.

 

Era mi Corrientes colmenar de tango vivo.

Era cada ochava la promesa de un cantor.

Tiempo de tranvías, de las calles con silbidos.

Sé que ya el olvido no podrá jamás con vos.

 

Tiempo lindo de tranvías, que fueron de otra ciudad..

Tranvía = Bonde 

 

 

Assim se tece a história

 

Bandoneonista, maestro e compositor, Raúl Garello nasceu na cidade de Chacabuco, província de Buenos Aires em 3 de janeiro de 1936.  Estudou bandoneón em sua cidade natal e continuou sua aprendizagem com harmonia, canto coral, composição, etc.  Em 1954 começou su carreira artística na orquestra de Roberto Firpo (filho).  Também atuou com Horacio Salgán, Horacio Quintana, Carlos Dante e em 1963 entrou para a orquestra de Aníbal Troilo como bandoneonista e arranjador até o ano de 1975. O ano de 1977 marca o início de uma sensacional série de quatro discos instrumentais, com sua orquestra ampliada com o ingresso de 27 músicos, onde apresentou sua obra de compositor: Che Buenos Aires, estreado anteriormente pela orquestra de Troilo em 1969, Verdenuevo, Margarita de agosto, Muñeca de marzo, Pequeña Martina, Bien al mango, Vaciar la copa, Aves del mismo plumaje, Che Pichín e Pasajeros del tiempoNessa etapa surgem também de sua inspiração várias obras cantadas, entre as quais: Dice una guitarra, Llevo tu misterio, Buenos Aires conoce, Hace 200 tangos  e "Tiempo de tranvías".

Desde 1980 é co-diretor fundador da "Orquesta del Tango de Buenos Aires", alternando como maestro e arranjador com o maestro Carlos García.  Entre 1987 e 1988, Garello e Horacio Ferrer escrevem todos os temas do álbum "Viva el Tango", seguindo com este e o cantor Gustavo Nocetti para turnês pelo Uruguai, Holanda e Turquia.   Em 1990 atingiu uma preciosa meta: atuou frente à sua orquestra no Teatro Colón.  Ainda em 1988 havia vivido com seu conjunto outra experiência não menos excitante: participou do filme "Tango for two", dirigida por Héctor Olivera.

Garello mantém o espirito troileano que jamais renegou e ao qual adere com fervor, ao ponto de reconhecer publicamente que sua ascendente trajetória não teria sido possível sem os anos transcorridos junto a "Pichuco".  Sua música e seu estilo se identificam plenamente com a Buenos Aires atual; com um som pessoal, sua riqueza harmônica e uma envolvente beleza estética.

Fonte:  Mario Safier, para Todo Tango – trad. RM

voltar ao início