No 138 - Ano XI - Julho de 2007


É importante chegar e examinar o ambiente, ouvir atenciosamente e diferenciar entre tango, milonga ou vals.

Fica desconfortável para uma dama que tem bom ouvido, a marcação que não condiz com o ritmo, assim como as figuras que não se adequam ao estilo (milonguero, arrabalero, canyengue, nuevo, del centro, etc).

O movimento cresceu com as práticas, aulas, milongas, festivais e visitas a Buenos Aires.

Hoje temos uma ‘certa’ obrigação de res-peitar o que a evolução do tango no Rio de Janeiro trouxe.

Não podemos abrir mão de uma dedicação que já passou de uma década.

Seja sincero e observe sua dança.

(ADR)

 

 

Cantemos

 

 

Letra:  Oscar Rubens                                                                         Música:  Armando Pontier

Quién al oír los primeros compases del vals

no ha tenido intención de bailar.

Si hasta parece que el mundo en su eterno rodar

girará al compás de algún vals.

Si usted ha soñado en sus brazos poder estrechar

a esa rubia que encanta al mirar.

Juntos muy juntos los dos estarán

si siguen el ritmo del vals.

 

Soñar, dejarse arrullar,

decir al oído palabras tan dulces que invitan a amar.

Soñar, siguiendo el compás,

cerrando los ojos muy cerca las bocas el sueño del vals.

 

Sentir que nos aprisiona un perfume de amor.

Que un ángel con voz de cielo nos roba el adiós.

Soñar, siguiendo el compás

que todo es distinto si entrega su alma al ritmo del vals.

(Orquestra de Miguel Caló, canta Raul Berón)

 

 

Assim se tece a história

 

Poeta e compositor, Oscar Rubinstein nasceu em 18 de janeiro de 1914 e faleceu em 6 de outubro de 1984. Sua família provinha de Ekaterinoslav, na Ucrânia.  Seus pais, o sapateiro Motl e María Kaplán, professora de escola judaica, decidiram emigrar antes do recrudescimento do anti-semitismo na época da guerra russo-japonesa, e chegaram a Buenos Aires nos começos de 1906, onde Oscar nasceu.

Oscar foi um letrista típico da década de '40, com suas letras tristes, de amores românticos, elementares, sem contradições nem complexidades psicológicas.  Sempre utilizou o toque poético, sem transcender o letrista:  seus versos, proferidos pelo cantor, fundem-se com a música, porém não se aconselha lê-los procurando a poesia.

Entre sua obra, se destacam El vals soñador, Dejame así, Gime el viento, Lloran las campanas, Tu melodía, Mar, Lejos de Buenos Aires, e por último Extraña, entre outros.  O nome de Rubens ficou ainda associado a sucessos como Al compás de un tango, Cuatro compases, Rebeldía, Triste comedia e ¿Por qué seguir?

Outros títulos de sua vasta obra são:  Tarareando, Canta pajarito, Se fue, Mientras duerme la ciudad, Es en vano llorar, Los muñequitos, Calla bandoneón, Dejame en paz, Corazón qué has hecho e Domingo a la noche

Extraído do livro "Tango judío. Del ghetto a la milonga", de Julio Nudler (trad. RM)