Nº 98 - Ano IX - Fevereiro de 2004
|
Tarde-noite.
Verão, 2001.
Raios
de sol fugiam do dia.
A
emoção dominava o ar...
Jovens
e veteranos pares
Ao
sabor de lindos Tangos
Na
pista macia riscavam
Os
belos floreios da dança.
Domingo
feliz em que o
Interesse
pelo Tango veio
Ladear
sua vida agora.
As
milongas, os tangos e
Canyengues
sucediam-se
Indo
fundo no seu coração.
Tarde-dia.
Verão, 2003.
A
vida
sai do corpo fletido
No
leito e parte calmo o
Guerreiro
dançarino para
Os
outros pisos, nos
Salões
do infinito ir bailar.
E
um
ano se passou...
Fevereiro.
2004. Saudade...
E
fé no encontro da Paz. Dilaci S.Faria |
Cantemos |
(tango
- 1942) Música: Lucio Demare Letra: Homero Manzi |
Riberas
que no cambian tocamos al anclar. Cien
puertos nos regalan la música del mar. Muchachas
de ojos tristes nos vienen a esperar y
el gusto de las copas parece siempre igual. Tan
sólo aquí en tu puerto se alegra el corazón, Riachuelo
donde sangra la voz del bandoneón. Bailemos
hasta el eco del último compás, mañana
zarpa un barco, tal vez no vuelva más. Qué
bien se baila sobre la tierra firme. Mañana
al alba tenemos que zarpar. La
noche es larga, no quiero que estés triste. Muchacha,
vamos... no sé por qué llorás. Diré
tu nombre cuando me encuentre lejos. Tendré
un recuerdo para contarle al mar. La
noche es larga, no quiero que estés triste. Muchacha,
vamos... no sé por qué llorás. Dos
meses en un barco viajó mi corazón. Dos
meses añorando la voz del bandoneón. El
tango es puerto amigo donde ancla la ilusión. Al
ritmo de su danza se hamaca la emoción. De
noche, con la luna, soñando sobre el mar, el
ritmo de las olas me miente su compás. Bailemos
este tango, no quiero recordar. Mañana zarpa un barco, tal vez no vuelva más. |
Assim se tece a história |
|
|
|
Pianista, maestro e compositor. Nasceu a 9 de agosto de 1906, no bairro do Abasto. A princípio, tornou-se um pianista romântico, sensível, sentimental. Depois, um inspirado compositor de tangos nos quais imprimiu seu estilo único. Mais tarde, de 1938 a 1948, caiu no gosto popular, pois mantinha a linha que o destacou em toda sua trajetória. Francisco Canaro o descobriu como intérprete e levou-o para a Europa, onde Demare conheceu Roberto Fugazot e Agustín Irusta, formando um trio que foi sucesso por muitos anos, tanto por lá como na Argentina. Esses primeiros passos em Paris, aqueles em que trabalhou com sua orquestra, os temas que compôs - muitos deles sobre a poesia de Homero Manzi - as trilhas sonoras dos filmes de seu irmão Lucas, que antes de ser diretor foi bandoneonista no grupo, e a fidelidade a um estilo boêmio de vida, o trouxeram cada vez mais para perto de seu público. Os tangos que compôs, Dandy, Mañana zarpa un barco, Pa' mí es igual, Negra María, Malena, Mañanitas de Montmartre, Tal vez será su voz, Sentimiento tanguero, Musette, Milonga en rojo, vários em colaboração com Agustín Irusta, Roberto Fugazot, Homero Manzi e outros, permitem avaliar o talento do músico que teve o amor próprio e a retidão de caráter como pontos altos. Em seus últimos anos, teve uma casa de tango em San Telmo, chamada "Malena del sur", para onde peregrinavam todas as noites os fiéis ao rito tangueiro, ansiosos para escutá-lo. Sem a menor cerimônia pediam-lhe suas composições e se deleitavam com suas magníficas interpretações ao piano. Sabia que colhia todo o carinho que havia semeado por tudo o que fez e como fez. Nunca alardeou a amizade que lhe dedicava Gardel. Dizia que o mesmo podia ter seus defeitos, mas que era difícil vê-los, uma frase que vale hoje para sintetizar também os méritos de Lucio Demare na música argentina. Fonte: Todo Tango e Portal del Tango (Internet) – trad. RM |