No 183 - Ano XV - Abril de 2011


Natalia Royo e Junior Cervila (ARG)

 

 

 

Cantemos

 

 (Vals - 1933)

 Música: Sebastián Piana                                                            Letra: Homero Manzi 

 

Esquina de barrio porteño te pintan los muros la luna y el sol.

Te lloran las lluvias de invierno en las acuarelas de mi evocación.

Treinta lunas conocen mi herida y cien callecitas nos vieron pasar.

Se cruzaron tu vida y mi vida, tomaste la senda que no vuelve más.

 

Calles, donde la vida mansa perdió las esperanzas, la pasión y la fe.

Calles, si sé que ya está muerta, golpeando en cada puerta por qué la buscaré.

Callecitas, sombreadas de poesía, nos vieron ir un día felices los dos.

Compañera del sol y las estrellas, se fue la tarde aquella camino de Dios.

 

Orquesta Angel D'Agostino - canta Angel Vargas

 

Assim se tece a história

 

 Cantor, nasceu em Buenos Aires em 22 de outubro de 1904.  Seu verdadeiro nome era José Lomio.  Em sua juventude trabalhou como motorista de táxi e cantava em boates próximas do Abasto. 

 

Sua carreira começa nos inícios da década de trinta.  Suas primeiras gravações, Brindemos compañero, Ñata linda e Milonga del corazón entre outras, foram acompanhadas por J.L. Padula.

Atuou na orquestra do famoso e veterano músico Augusto Pedro Berto, com o pseudônimo Carlos Vargas, apresentando-se em algumas emissoras portenhas. Em 1932 realiza algunas apresentações com quem, tempos depois, formaria o binômio do sucesso: Ángel D'Agostino.  Entre seus discos se destacam as interpretações dos tangos No aflojés, Tres esquinas, Ninguna e Muchacho, o vals Esquinas porteñas, todos com a orquestra de Angel D'Agostino.

Em 1944 começou a se apresentar como solista, mas sem abandonar D’Agostino.  Atuou em filmes, participando de curtas como “El cuarteador” e “Tres esquinas”.  Após gravar seu último disco com D’Agostino em 1945, Vargas tornou-se definitivamente solista, ganhando o apelido de "El ruiseñor de las calles porteñas".

Algumas de suas obras são En la milonga, Lucio Paredes, De alto rango, Canto como yo sé, Glorias del ayer, Tango a Gardel.

Angel Vargas morreu jovem, em 7 de julho de 1959 e foi sem dúvida um dos maiores artistas do tango argentino. 

Fonte:  El Portal del Tango – trad. RM